Resenha Desafio Literario 2013 - A menina que conversava com o verão, de Sally Nicholls

Ultimamente tem sido muito difícil escrever resenhas, tanto é que cheguei a ler o ultimo livro do desafio para o mês de março – A revolução dos bichos –, só que não conseguindo passar para o papel.

Já com  A menina que conversa com o verão,parece que não teremos o mesmo problema.Peço desculpas logo de cara se ficar muito spoiller a resenha, mas é que assim fica mais fácil para mim.

Sally Nicholls até o momento está conseguindo me deixar curiosa. Como viver eternamente me ganhou em minutos e não foi diferente como esse ultimo livro que li dela.

Molly e Hannah estão passando por momentos difíceis após perderem a mãe, aos 39 anos, vitima de um aneurisma. Com o pai bloqueado emocionalmente para tomar conta delas, as meninas passam a viver com os avós no campo.

Em reação ao comportamento do pai, Hannah, passa a ficar

mais rebelde agressiva, enquanto a pequena Molly  fica perdida em meio a tudo. Como se para ajudar Molly a passar por tudo aquilo ela passa a ver um homem, que inicialmente ela não faz ideia de quem seja e que conheceu de um modo peculiar – ela corria no bosque após seguir Hannah em um dos seus momentos de rebeldia, ele estava sendo caçado por um homem em um cavalo e com chifres e seguido por animais como cães.

Após presenciar a cena, Molly, espera que o caçador se afaste e vai até o homem que está ferido ao chão. O homem recomenda que Molly volte para casa, mas ela insiste em ajudá-lo. Com a ajuda dela o homem levanta-se do chão e eles seguem juntos rumo a um celeiro próximo.  Logo que chegam, Molly insiste que o homem a deixe pedir ajuda, mas ele julga não ser necessário. Quando Molly por fim deixa o homem, ela corre para casa e tenta contar aos avós e a irmã o que se passou, mas ninguém acredita de fato nela, todos pensam ser um amigo imaginário.

Os dias se passam e Molly passa a ver o homem com certa frequência, e coincidentemente a professora de Molly conta uma historia sobre o deus Carvalho (responsável pelo verão e a primavera) e o deus Azevinho (responsável pelo outono e o inverno) .  Molly relaciona as historia com Seu Homem – como ela chama o homem que ajudou.

Enquanto esses acontecimentos estranhos se passavam do lado de fora da casa dos avós de Molly, dentro as coisas ficavam um pouco mais complicadas. O pai de Hannah e Molly ficava cada vez mais distante, cada vez mais perdido no seu sofrimento.

Indireta-diretamente o deus Carvalho ou homem verde, ajuda a família de Molly a superar os problemas de um modo inesperado.

A história é bonita, e de certa forma é uma ajuda para as pessoas compreenderem o modo como a vida da sequência quando uma pessoa que se ama morre. O ciclo da vida apresentado pela autora é uma reflexão sobre as ações tomadas em nossas vidas, que nem sempre quando são executadas são vista corretamente. Uma leitura que indicada não só ao público juvenil, mas também a adultos que sintam a necessidade de ver uma esperança quando alguém se ama parte, deixando a vida.